Investimento - Planejando seu sucesso financeiro


No artigo “Três Passos para o Sucesso Financeiro”, falei sobre a importância dos princípios corretos da administração do dinheiro, bem como das metas e da disciplina necessária para alcançá-las.
Agora eu quero conversar um pouco com você sobre o como é fundamental investir. No fundo, eu acho que todo uso do dinheiro é uma espécie de investimento. Mesmo quando estamos fazendo gastos (até mesmo supérfluos) obtemos algum tipo de retorno do uso do dinheiro, embora este retorno nem sempre contemple as nossas expectativas, pois você sabe, tanto quanto eu que, até com certa facilidade, nos arrependemos, tão logo chegamos em casa, das compras que acabamos de fazer no shopping, supermercado, etc.

Sobrar para investir?
Nos seminários que coordeno, percebo que algumas pessoas ficam surpresas ao perceberem que, na planilha de orçamento, o item investimento vem logo no início, junto das doações. Eu acho que isto acontece porque, como em geral as pessoas e famílias estão endividadas e em aperto financeiro, é de se esperar que este item esteja no final da planilha, ou seja, como às vezes costumo ouvir ou ler, começamos a fazer investimentos quando “sobrar” algum dinheiro. Embora eu reconheça que se alguém está pagando juros de 10% ao mês no cheque “especial” ou no cartão de “crédito” dificilmente conseguirá separar algum dinheiro para investimentos, também entendo que, se colocarmos os investimentos para último lugar na ordem de prioridades, eles dificilmente se realizarão.

Investir em que?
Outro problema grave que nos impede que separemos dinheiro hoje para gastar só amanhã é que não sabemos discernir claramente o que vamos fazer com este dinheiro. Pensamos em muitas coisas, mas na verdade tudo fica muito nublado em nossas cabeças, e esta falta de clareza sobre os alvos que queremos atingir nos engessa para tomarmos decisões de investimentos.
Quando minha filha de 9 anos começou a receber uma semanada, estabelecemos um orçamento simplificado contemplando três áreas: doações, poupança e gastos. Perguntei a ela o que ela gostaria de comprar no futuro com o dinheiro da poupança. Ela pensou e disse: o tênis da Floribela pai. Por ter clareza de onde ela queria chegar, percebi que, ao longo das semanas, ela não apenas foi aplicada em poupar (até porque já estava estabelecido no orçamento), mas até mesmo deixou de gastar uma parte do dinheiro para gastos, só porque queria atingir mais rapidamente seu objetivo futuro. Portanto, a clareza do que se atingir com os investimentos é fundamental para o sucesso do plano.

Da teoria para a prática
Nossos seminários são os mais vivenciais possíveis. O que significa isso? Queremos que você aprenda fazendo, não apenas ouvindo. Por isso vou sugerir o seguinte exercício: Suponhamos que você deseja trocar seu carro daqui a dois anos. Para tanto vai necessitar da quantia de R$ 4.800,00. Isto daria um valor mensal de R$ 200,00.
Muito bem, a partir deste mês comece a separar esta quantia mensal e coloque em algum tipo de aplicação financeira (poupança, fundos, tesouro direto, etc.). Não deixe o dinheiro na conta corrente, pois se o fizer, será bombardeado de tentações para fazer gastos que fatalmente inviabilizarão seu sonho de troca do carro.
Agora que já estabeleceu a meta (se não for esta a sua meta, troque-a por outra e adeqüe os prazos e valores), faça aquilo que chamo de débito automático para investimentos, ou seja, combine com seu gerente que na data em que você receber seu salário (ou prolabore ou outros tipos de renda), será realizado um débito automático no valor de R$ 200,00 para a aplicação escolhida (procure a de melhor retorno possível). Mês a mês acompanhe o andamento da aplicação e vá percebendo que está cada vez mais próxima da meta a ser alcançada.
Comece com este pequeno exemplo e vá adiante. Tenha disciplina, Ao longo do tempo você vai perceber que é possível ficar fora do sistema de endividamento que caracteriza nossa sociedade. Siga adiante. Eu aposto no seu sucesso!

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