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AS VERDADEIRAS RIQUEZAS



Construindo as verdadeiras riquezas


Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas? (Lucas 16:11)

Vejo diariamente as pessoas correrem de um lado para o outro, apressadamente.
Muitas delas, dentro de seus carros, atravessam a cidade, num movimento pendular para irem ao trabalho e depois voltarem para casa.
O que impulsiona tais pessoas a acordarem tão cedo e retornarem tão tarde, deixando pouquíssimo tempo para o relacionamento familiar?
Agora aguço minha lente visual e começo a perceber que, pessoas que se autodenominam cristãs, parecem estar seguindo o mesmo ritmo das primeiras e consigo enxergar muito pouca diferença entre estes últimos e os primeiros, e me pergunto: Onde perdemos o bonde de uma vida cristã genuína, que poderia nos trazer senso de realização?
Sendo uma pessoa interessada em aprender e ministrar sobre finanças na perspectiva de Deus, tenho percebido o quanto nós cristãos temos sido influenciados pelo pensamento secular na forma de lidar com o dinheiro e posses materiais. As estatísticas revelam que há muito pouca diferença entre cristãos e não cristãos em relação a gastar, dar, economizar, endividamento pessoal e empresarial e o ensino dos filhos, entre outras coisas.
Na parábola do administrador infiel (Lucas 16:1-15), Jesus chama a nossa atenção para administramos corretamente as riquezas materiais, pois elas têm um impacto direto no nosso relacionamento com o Senhor. Na verdade, só através de um gerenciamento apropriado dessas riquezas materiais é que poderemos alcançar a verdadeira riqueza: Um relacionamento íntimo com o Senhor e todos os benefícios decorrentes desse relacionamento.
Jesus foi enfático ao contar esta parábola a dirigiu-a nitidamente aos fariseus, pois eles amavam o dinheiro. Na condição de cristãos não podemos amar o Senhor e o dinheiro (Lucas 16:13)
Em sua vida diária, você está conseguindo tempo para se relacionar com Deus, com sua família e com as pessoas ao seu redor, ou a busca da riqueza material está lhe roubando a vitalidade desses relacionamentos?
Oro a Deus para que através desta reflexão, você renove sua visão para buscar diariamente o Senhor, pois Ele está de braços abertos, para ouvi-lo, falar-lhe ao coração e entregar-lhe as verdadeiras riquezas.

"Contudo, Deus lhe disse: 'Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?” (Lucas 12:20).

Indo ao shopping


O shopping tornou-se a praia de muitas cidades. Para os que, como eu, moram na região metropolitana de São Paulo, isto pode ser afirmado com muito mais propriedade. De centros de compras, os shoppings se tornaram pontos de entretenimento, lazer, cultura, informação e serviços.

Shopping: Bom ou ruim?
Seria uma certa tolice de minha parte reduzir este artigo a esta pergunta. Particularmente acho que ter um local disponível com tantas opções pode ser algo muito bom. O mais importante é saber como usá-lo para o seu benefício de e sua família.

Como devo usar o shopping?
Há uma estatística de que 85% das compras aqui no Brasil são realizadas quando se está diante dos produtos. Isto é muito comum porque os produtos na vitrine realmente chamam a nossa atenção pela beleza e a forma como são expostos. É claro que o objetivo é sempre atrair o cliente potencial para a decisão de comprar o produto. Então você deve ficar esperto para saber porque está indo ao shopping, se para comprar ou para ir ao cinema. Eu não vejo que seja um problema tão grave comprar um produto ou serviço que não estava programado, quando você foi ao shopping. Mas se isto se tornar um padrão, então é bom avaliar se a ida regular ao shopping está fazendo bem ou mal para você e seu bolso. No fundo, trata-se de uma questão de disciplina. Se você perceber que não tem disciplina para tomar as decisões certas na hora certa, porque se expor ao risco constante? Talvez seja melhor evitar.

Quais os aspectos positivos do shopping?
Eu acho que a variedade de produtos e preços é algo muito bom. Você pode pesquisar os preços dos produtos que necessita adquirir sem grandes deslocamentos. Também há a possibilidade de adquirir produtos com preços promocionais. Mas é necessário pesquisar e comparar preço e qualidade.
Em tempos de insegurança, é claro que este item também tem o seu peso na decisão do consumidor em ir ao shopping.

Quais os aspectos negativos?
Penso que se resume à maneira como você o usa. Ou seja, depende muito mais de você do que do local propriamente dito. Se você o vir como um grande templo de consumo, onde todos os seus sonhos se realizam, você estará numa trilha perigosa. Mas se fizer bom uso, como orientamos acima, os potenciais fatores negativos serão afastados.

E as crianças, o que fazer?
Aqui a coisa funciona um pouco diferente do supermercado. Primeiro é necessário saber o que você vai fazer no shopping. Se você é casado(a) e vai fazer comprar para si, é melhor deixar as crianças em casa. Neste caso, elas tenderão mais a atrapalhar do que a ajudar. É evidente que, se as compras forem para as próprias crianças, talvez a presença delas será necessária, principalmente no caso de vestuário. Isto também acontece se for para lazer. Nestes casos é sempre bom conversar com elas antes de sair de casa, estabelecer com a maior clareza possível o objetivo da ida ao shopping para evitar surpresas desagradáveis. Faça sempre das crianças aliados e busque sempre oportunidades para educá-las financeiramente.

Como estabeleço o valor do shopping no orçamento?
Aqui também a coisa funciona de forma um pouco diferente do supermercado, pois no shopping você pode adquirir uma gama mais ampla produtos e serviços. Por isso você deve separar cada uma de suas compras de acordo com a categoria. Por exemplo, roupas e caçados irão para o item vestuário, o cinema irá para o item lazer, e a máquina de lavar para o item moradia.
Sucesso!

Indo ao supermercado



É uma das cenas mais comuns na vida das pessoas e famílias: ir ao supermercado.
Neste artigo eu quero compartilhar com você algumas dicas que considero importantes quando você for ao supermercado.

Quantas vezes ir?
Há controvérsias, mas eu acho que é melhor ir apenas uma vez por mês, no máximo duas. A razão é simples: como em geral as pessoas não tem uma lista de itens, é comum elas levarem muitas outras coisas além das que realmente necessitam toda vez que vão às compras. Resultado: Gastos acima do necessário.

O que devo comprar?
Compre apenas o que for necessário para o mês. Fazer estoque não é uma boa porque se o fizer, você poderá estar tirando dinheiro que atenderia outras necessidades. É claro que se houver uma boa promoção de algum produto, você poderá levar um pouco mais. Mas certifique-se de que não vai consumir tudo antes do tempo, pois se isto acontecer, a decisão de comprar a mais não terá valido a pena. Isto acontece normalmente com supérfluos tais como biscoitos e guloseimas. As crianças não perdoam e consomem mais em menos tempo, e assim a vantagem da promoção vai para o ralo.
Caso você necessite de algum produto que faltou ao longo do mês, compre-o na mercearia mais próxima. Assim você não perderá tempo com transporte. Mais uma vez digo: compre apenas o necessário.

E as crianças? Devo levá-las ao supermercado?
A resposta clássica é: não! Porque elas atrapalham. E não deixa de ser verdade.
Mas pense bem, se você nunca levá-las, quando elas aprenderam a fazer compras no supermercado? Quando casarem? Eu acho que o mais importante é conversar com elas e, no processo de educação financeira, fazer delas um aliado. Uma sugestão seria estabelecer um ou dois itens que elas poderão escolher para si (normalmente optarão por guloseimas) e contar com elas para comparar preços e qualidade dos produtos. Ou seja, se você se interessar em educá-las financeiramente, a ida ao supermercado poderá ser um tempo precioso de aprendizado, lição que certamente, e infelizmente, elas não terão na escola.

Devo ir a vários supermercados?
Se você mora em grandes cidades, como nas regiões metropolitanas, eu diria que, em geral, não vale a pena, porque os gastos com transporte podem não compensar as diferenças de preço nos produtos. Mas mesmo assim, vale a pena comprar em supermercados diferentes a cada mês para ver como os preços estão se comportando e daí optar por aquele que tem os melhores preços.
Caso você more numa pequena cidade, na qual tudo é muito perto, seria uma boa idéia fazer a comparação de preços dos diversos itens e serem comprados.

Como estabeleço o valor de supermercado no orçamento?
Este é um dos itens que costumam variar bastante. Minha sugestão é que, num primeiro momento, você coloque o valor da média dos últimos seis ou doze meses. Então vamos supor que, com base nesta sugestão, você orçou o valor de R$ 400,00 de supermercado. O importante agora é não ultrapassar este valor, para não comprometer o equilíbrio do seu orçamento. Como fazer ao longo do mês? Pelo menos uma vez por semana, anote no orçamento os gastos que você fez e vá monitorando para que fique no limite de R$ 400,00. Feito isto é só comemorar no final do mês.

Outras sugestões
Algumas são bem clássicas tais como ir bem alimentado senão tenderá a comprar tudo o que é de comida; não fazer compras apressadamente para ter tempo de analisar preço/qualidade dos produtos; uma lista de compras é sempre desejável.
Sucesso!

Ficar rico

Ficar rico para gozar a vida?

Quase sempre nos perguntamos o quanto seria necessário ganharmos para termos uma vida financeiramente tranqüila e bem sucedida. Os padrões podem variar bastante porque as opções de preço de produtos e serviços que necessitamos e desejamos também variam em grande proporção. Isto me faz lembrar de uma história muito interessante que costumo contar em minhas palestras.

Um rico empresário foi passar suas férias numa praia da Bahia. Chegando lá, encontrou-se com um homem simples da localidade que, deitado em sua rede, tranqüilamente fritava um saboroso peixe próximo à beira da praia. O empresário, muito empreendedor logo começou a travar uma conversa amistosa com aquele morador da localidade, mais ou menos nos seguintes termos:

- Bom dia amigo
- Bom dia
- O que você está fazendo?
- Bem, como você mesmo pode ver, estou assando este saboroso peixe.
- Como você o conseguiu?
- Gosto de pescar
- E você pesca bastante?
- O suficiente para mim e minha família
- Mas, porque você não pesca mais?
- Pra que?
- Bem, se você pescar mais, poderia vender o peixe para outras pessoas e ganhar dinheiro.
- Pra que?
- Se você ganhar mais dinheiro, poderia adquirir um barco e pescar em águas mais profundas.
- Pra que?
- Você aumentaria sua produção e venderia ainda mais, ganhando mais dinheiro.
- Pra que?
- Você poderia então comprar um outro barco, contratar um empregado e colocá-lo para pescar junto com você.
- Pra que?
- Com dois barcos sua produção poderia aumentar ainda mais. Você venderia mais peixe e compraria um terceiro barco.
- Pra que?
- Logo você teria uma frota de barcos e uma grande produção de peixes.
- Pra que?
- Ora pra que? Pra você ficar rico!
- Pra que?
- Pra você gozar a vida!
Neste momento, o homem simples olhou para o rico empresário e disse:
- Meu amigo. E o que você acha que estou fazendo aqui?
O fato é que aquele homem simples já estava gozando a vida mesmo sem ser rico.

O cantor Louis Armstrong, em sua linda canção “What a wonderful world” (Que mundo maravilhoso) nos fala de muitas coisas que tornam o mundo maravilhoso, entre as quais ele cita: árvores verdes e rosas vermelhas; o céu azul e as nuvens brancas; o dia brilhante e abençoado e a sagrada noite escura; as cores do arco-íris; as faces das pessoas que caminham ao meu lado; amigos dando as mãos, dizendo, “como vai você?”; crianças crescendo e aprendendo.
E eu pergunto: Quanto essas coisas nos custam? Nada!
Bom, então, quanto de dinheiro você necessita para gozar a vida, como fazia aquele homem simples da Bahia ou para ter o mundo maravilhoso cantado por Armstrong? Eu creio que tudo isso está muito próximo de você, mas talvez você esteja perdendo muito ou quase tudo em sua ânsia de ganhar mais e mais.
Sucesso!

Investimento

Investimento - Arriscado demais?

Nestas últimas semanas a mídia tem abordado bastante a queda nas bolsas de valores de todo o mundo, tendo como causa problemas originados em questões relativas a hipotecas nos Estados Unidos. Muitas pessoas que tem aplicação em ações de empresas começam a se perguntar se vale a penas correr o risco e continuar com este tipo de aplicação ou partir para outros tipos de investimentos, mais seguros. Ocorreu-me então que poderia aproveitar o ensejo e refletir com você mais uma vez sobre essa questão de investimentos.

Por que investir?
Eu acho que a razão básica pela qual necessitamos investir é que nossas necessidades ultrapassam o presente, ou seja, vão além deste momento que estamos vivendo agora. Então como eu sempre digo em minhas palestras, ‘não podemos comprometer toda nossa renda com nosso estilo de vida’. Desta forma necessitamos separar algum dinheiro para atender a necessidades emergenciais (conserto de eletrodomésticos, saúde, etc.), como também a necessidades de médio e longo prazos). Também não podemos esquecer das contas anuais (IPVA, IPTU, matrícula da escola, seguros, etc.) que igualmente precisam ser reservadas ao longo do ano.

José - Um exemplo clássico
Um caso clássico de investimento foi a de José, filho de Jacó, narrado no livro bíblico de Gênesis. José havia interpretado um sonho do faraó. O sonho dizia respeito a dois períodos distintos: 7 anos de fartura, seguidos de 7 anos de fome rigorosa. Como primeiro ministro, José implementou um plano audacioso de reservar 20% de toda a produção agrícola do Egito durante os sete anos de fartura. O resultado foi tão impressionante que os relatos dão conta de que a quantidade de provisões reservadas não podiam ser mais contadas, pois ultrapassou os limites numéricos usados na época. Estas reservas foram usadas para fazer face às necessidades durante os sete anos de fome seguintes.

Um fenômeno que se repete
Podemos racionalizar que o exemplo de José foi específico. Bem, sob o aspecto histórico eu diria que sim. No entanto, ao longo de minha vida tenho notado que este fenômeno de vacas gordas e vacas magras se repete na vida das pessoas, famílias, igrejas, empresas e outras instituições. Ou seja, sempre haverá períodos mais tranqüilos seguidos por períodos mais difíceis. O problema é que, ao contrário de José, o que constato é que se gastou tudo nos períodos de abundância e nada restou para quando as dificuldades chegaram. Muitos perderam literalmente tudo. Mas a boa notícia é que ainda é tempo de recomeçar.

E a rentabilidade?
Veja que o primeiro passo que você necessita dar para ser um investidos é: conseguir separar algum dinheiro. Isto parece ser muito simples, e realmente é, pelo menos teoricamente. Onde está a dificuldade? A de colocarmos em prática. Isto acontece porque, em geral, as pessoas, famílias e instituições estão muito endividadas, portanto, com muita pressão nos gastos. Agora, racione comigo. O que adiante você separar, por exemplo 5% da sua renda e colocar numa poupança se você estiver pagando 10% ao mês de juros no cheque especial ou na dívida do cartão de crédito. É evidente que você precisa primeiro sair deste endividamento angustiante para depois começar a investir.

E o risco?
Tiago, irmão de Jesus nos surpreende com a seguinte declaração: “Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa”. Precisamos entender que o risco é inerente à própria vida. E não é por causa dele que vamos deixar de viver ou de fazer as coisas necessárias. O investimento é necessário. Agora, é importante não colocar todos os ovos numa cesta só, pois, como nos diz o sábio rei Salomão: “Reparta o que você tem com sete, até mesmo com oito, pois você não sabe que desgraça poderá cair sobre a terra”.
Sucesso!

Cartão de Crédito

Cartão de Crédito - Como lidar com ele?

O chamado dinheiro de plástico está ganhando cada vez mais terreno. Não sei bem como andam as estatísticas mas sempre leio que o uso do cartão está aumentando cada vez mais. Eu gostaria de compartilhar com você algumas regras práticas que tenho aprendido ao longo do tempo para que você use seu cartão da melhor maneira possível.

É realmente necessário usar o cartão?
Não. Apesar da prática bastante arraigada, o cartão de crédito não é imprescindível e às vezes, indesejável, principalmente se você tem dificuldades com a disciplina financeira. Aliás, algumas pessoas usam o cartão pensando que ele as ajudarão a serem mais disciplinados ou coisa semelhante. Nada mais longe da realidade. Particularmente eu percebo que o uso do cartão de débito ajudaria mais porque o débito é realizado imediatamente e assim sabemos que o que fica na conta é real, pois não está comprometido com lançamentos futuros, ou seja, quando chegar a data de vencimento do cartão. Existe uma estatística interessante, a de que, quando usamos o cartão de crédito, normalmente gastamos 30% a mais. A razão é simples. Quando usamos o cartão não sentimos que estamos gastando, pois a conta só chega 30 a 40 dias adiante.

Cartão de crédito não é orçamento.
Já ouvi comerciais de cartão de crédito que falava das vantagens de se possuir cartão e tudo o mais. Dentre estas vantagens estaria o fato de que todas as compras vem discriminadas e que este registro é muito bom e etc. e etc. É importante dizer que a fatura do cartão, por mais discriminada e detalhada que seja, não é orçamento. Ela apenas diz o que você comprou, mas não garante que comprou o que devia ou o que estava orçado. Só um orçamento pode dizer a você claramente cada um dos valores a serem gastos em cada área de necessidades tais como moradia, supermercado, roupas, etc. Não caia nessa de achar que a fatura de cartão substitui o orçamento. Se as estatísticas estiverem corretas, pode ser justamente o contrário, ou seja, que você estourou em 30% alguns itens do seu orçamento. Então, sempre que comprar com cartão, não deixe de registrar essa compra no orçamento, para saber que o valor dela comprometeu uma parte do item “roupas”, só para citar um exemplo.

Quantos cartões devo possuir?
Bem, a esta altura da nossa conversa, eu diria que um só cartão já é mais que suficiente. Perceba que, em princípio, você pode ter vários cartões e estar em equilíbrio financeiro. Para os disciplinados o cartão não é um problema tão grave assim. Eu me considero uma pessoa disciplinada financeiramente,mas vez às vezes dou uma escorregada com o cartão. Nada grave, mas acontece. Imagine para os que não tem disciplina. Portanto, não seria razoável eu dizer que você deve possuir apenas um cartão. Mas veja o seu perfil. Eu recomendo que você seja o mais conservador possível, pois, por experiência, sei que as pessoas são movidas a gastos, por isso, quanto menos cartão, melhor.

Devo parcelar?
O parcelamento é, teoricamente, uma das vantagens do cartão, além daquela de vencer numa data posterior à da compra. Mas o perigo é você cair na mentalidade do endividamento. É aquele modo de pensar de que só conseguimos comprar coisas nos endividando. Se você se convencer disso, estará no pior dos mundos. Lembre-se que, normalmente, as lojas pagam um percentual do valor da compra para a operadora do cartão e também embutem juros nas parcelas. Por isso a frase “parcelas sem juros” não é verdadeira. O correto seria dizer “parcelas iguais”, mas dizer qual o juro que está embutido. Se você conseguir negociar uma redução equivalente aos juros e remuneração da administradora para pagamento à vista, seria a melhor opção.

Pague a fatura integralmente!
Não seria nem necessário falar, mas, é sempre bom lembrar que o total da fatura deve ser pago na data de vencimento. Com juros que variam de 10 a 15% ao mês, não podemos dar essa moleza para os cartões, certo? Se você não conseguir pagar o total da fatura, provavelmente é sinal de que não está disciplinado suficientemente para lidar com o cartão. Então, ao invés de ficar racionalizando, que tal dá um tempo com o cartão e repensar a relação? Creio que seria uma decisão inteligente.
Sucesso!

Ganhando dinheiro

Eu me lembro de já ter ouvido vários comentários de pessoas que foram contratadas para trabalhar nas empresas ainda quando estavam cursando o ensino médio ou a universidade ou que eram disputadas por empresas concorrentes devido à escassez de mão de obra. Devia ser o mundo ideal para os que estavam ingressando na população economicamente ativa. Sem dúvida, conseguir um posto trabalho com certa facilidade deixaria qualquer jovem atual com água na boca. Mas, o mundo mudou e agora vivemos uma realidade bem distinta daquela do passado não tão distante.

O tempo de lazer vai aumentar!
Voltando um pouco mais perto no tempo, recordo-me de algumas matérias que li ou escutei que diziam que, devido à implementação de tecnologia nas empresas, o tempo dedicado ao lazer iria aumentar. Nada mais lógico, pois como a produtividade aumentaria, as tarefas seriam realizadas num tempo bem mais curto e aí sobraria mais tempo para o lazer. Mas, na prática, o que aconteceu? Apesar da maior produtividade, as empresas fizeram uma reengenharia, dispensaram grande parte de seu pessoal e os que ficaram estão pagando o pato de ter que trabalhar cada vez mais. Semana passada liguei para minha gerente do banco e comentei: Puxa há quanto tempo não nos falamos! Ao que ela respondeu: aqui é só correria, quase não dá tempo pra parar!

Trabalho com significado.
Então como devemos encarar esta questão de como ganhar dinheiro? Eu penso que primeiramente nós necessitamos compreender o que realmente traz significado para nós como pessoas. Porque num mercado tão competitivo, como eu vou me sobressair se estiver trabalhando apenas por dinheiro? Bom, talvez num primeiro momento, apenas o retorno financeiro seja um ingrediente suficiente para esta equação, mas no longo prazo, ele provavelmente se mostrará frágil e ineficiente. Eu digo isto porque sei que as pessoas pesam bastante qual o retorno financeiro quando avaliam a questão de carreira profissional. E de certa forma, os pais influenciam também na decisão dos filhos sobre qual carreira ele ou ela deveria abraçar. Eu acredito que Deus, na sua sabedoria, talhou as pessoas com certas habilidades e talentos, os quais se forem utilizados devidamente farão a grande diferença no mercado de trabalho e trará um significado especial para cada pessoa no contexto social em elas vivem.

Atitude. Um elemento essencial.
Eu escrevi um artigo falando sobre a atitude. Ela é um elemento essencial na nossa formação e eu diria que tem importância capital em qualquer momento de nossas vidas. Por que? Porque devemos entender a vida como um processo. Às vezes pensamos que só realizaremos bem algo que seja do nosso interesse particular, mas no mundo real as coisas não funcionam bem assim. Por exemplo, na formação educacional e acadêmica, estudamos muitas coisas que por vezes não são atrativas. E mesmo na formação profissional, temos que exercer funções e tarefas que e nem sempre desejamos. Isto não contradiz a minha defesa por um trabalho significante, apenas demonstra que há um processo, às vezes longo, de preparação para alcançarmos aquilo de nos traz significado, mas, em qualquer momento, devemos empreender uma atitude correta em relação ao trabalho, fazendo tudo da melhor forma possível, sendo o melhor naquilo que fazemos.
Sucesso!

Impostos

Impostos – Como lidar com eles?

Somos o país dos impostos. De todo tipo e qualidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a carga tributária brasileira atingiu o patamar 37,3% de tudo o que se produz aqui. São quase 5 meses do ano trabalhando só para pagar tributos. Então ficamos nos perguntando como devemos agir em relação a este leão voraz que entra diariamente em nossas finanças sem pedir licença e acaba sendo o “nosso maior sócio”, seja na vida pessoal ou nos negócios.

Pague os impostos!
O apóstolo Paulo disse que nós devemos nos submeter às autoridades governamentais porque, segundo ele diz, as autoridades que existem foram estabelecidas por Deus. Esta submissão inclui também o pagamento dos impostos. (Leia no livro de Romanos, capítulo 13). Sinceramente às vezes me pergunto se isto vale para todos os governos, porque tantas vezes vejo as notícias sobre corrupção e mau uso do dinheiro dentro do governo. Mas, por fim, reflito e chego à conclusão que as palavras de Paulo realmente são sábias e devemos colocá-las em prática. Pelo menos é o que tenho procurado fazer. Por que, imagine o caos que seria se cada pessoa ou empresa resolvesse pagar aquilo que acha justo? Simplesmente não haveria como administrar essa confusão tributária.

O Governo administra bem?
Nem sempre. Mas veja que esta não é uma razão suficientemente forte para deixarmos de pagar os impostos. Sabemos que a administração do dinheiro é influenciada por muitos interesses. Desde a formação das leis gerais e depois o detalhamento delas há pressão de tudo quanto é tipo, por que, no final das contas, os vários segmentos da sociedade procurarão influenciar a forma como o nosso dinheiro é gasto. Mas apesar de toda essa colcha de retalhos que é o sistema tributário brasileiro, não podemos negar que existe a necessidade de arrecadação de impostos para que finalmente tenhamos os serviços essenciais tais como transporte, educação, segurança, etc.

O que devemos fazer além de pagar?
Bem, ainda estamos engatinhando, mas sabemos que já existe a possibilidade de barrarmos aumentos de carga tributária. A sociedade hoje está mais aparelhada com instrumentos de pressão para que a esta carga não ultrapasse os limites da sensatez. É um começo. Precisamos aprender mais a exercer influência sobre os políticos que elegemos para que eles façam leis mais justas e que torne o fardo dos impostos menos pesado para a sociedade. Uma outra ação importante é quanto à forma como o dinheiro público está sendo usado. Por exemplo, se tivermos um sistema de ensino público de qualidade, teremos mais tranqüilidade em saber que podemos colocar nossos filhos para estudar na escola pública, o que teria um impacto direto em nossas finanças, pois sabemos o quanto custa o ensino privado. Raciocínio igual se dá em relação ao sistema de saúde, de segurança, de transporte, e assim por diante.

Administração Tributária. O que é isso?
Ciente de que devemos pagar os impostos podemos, aliado a este fato, gerenciar melhor a forma como os pagamos. Tanto no nível pessoal como também das corporações é possível buscar soluções para melhorar o impacto dos impostos. Há profissionais especializados que podem ajudar, ou você mesmo pode buscar informações e assim estabelecer, tanto quanto possível, formas alternativas para a solução da equação dos tributos sobre sua vida financeira. O importante é não ficar apenas reclamando. Embora muitas vezes nos sintamos impotentes ante decisões provenientes dos escalões superiores de poder, cremos que, de alguma maneira, podemos contribuir para que a administração dos recursos públicos seja mais justa, seja na quantidade de impostos arrecadados como também na forma como esses recursos são utilizados.
Sucesso!

O que é o sucesso financeiro?

Afinal de contas - o que é o sucesso financeiro?

Eu havia sido marcado um encontro com um amigo em uma organização e aguardava na recepção. Quando ele chegou, nos cumprimentamos e ele me apresentou a uma pessoa dizendo que eu dava palestras de educação financeira. Então aquela pessoa a quem eu estava sendo apresentado brincou comigo dizendo que queria saber o meu saldo bancário para ter certeza de que a coisa realmente “funcionava”. Após aquele encontro, eu fiquei refletindo mais uma vez sobre aquela colocação e sobre a relação entre sucesso financeiro e saldo bancário.

Uma concepção antiga
Sinto-me seguro em afirmar que, em geral, quando dizemos que uma pessoa é financeiramente bem sucedida significa que ela possui muitos bens, uma conta polpuda, vários tipos de investimentos e tudo o mais. Ou seja, o sucesso financeiro está diretamente ligado ao montante dos chamados ativos financeiros. Mas aí vem a seguinte questão. E as pessoas mais simples, sejam assalariadas ou não, será que elas não poderiam ser contadas como pessoas financeiramente bem sucedidas? Será mesmo que o sucesso financeiro está reservado para um pequeno percentual de pessoas cujos ativos atingiram um patamar de destaque em relação aos pobres mortais?

Uma visão mais ampla
Quando imaginamos o sucesso financeiro apenas sob o aspecto de acumulo de ativos estamos num terreno escorregadio. Primeiro porque o sucesso precisa contemplar outras áreas da vida, principalmente àquelas ligadas aos relacionamentos. Lembro-me de uma pesquisa divulgada na revista Época em que 84% dos executivos se diziam infelizes com o seu trabalho. Ou seja, embora ganhem bem, há outras áreas que estão sendo negligenciadas, principalmente àquelas relacionadas ao relacionamento familiar. Ou seja, o sucesso, num sentido mais amplo, é alcançado quando conseguimos entender o nosso papel para nossa breve existência aqui neste mundo e damos os passos necessários para implementar este plano.

Como o dinheiro entra nessa história?
Bom, o dinheiro cumpre um papel coadjuvante, vamos dizer assim. Ele não é o ator principal, mas colabora de alguma forma dando o suporte necessário para a implantação do plano sobre o qual falamos acima. Você já notou que grande parte dos homens e mulheres que marcaram a história mundial não foram pessoas de posses? Este fato nos dá uma noção mais profunda de que o sucesso não guarda uma relação estrita com a quantidade de dinheiro que alguém possui. Às vezes pode ser justamente o contrário. Muito dinheiro pode nos tirar do foco e fazer ruir o plano principal que queríamos alcançar.

Então, o que é o sucesso financeiro?
Entendemos que o sucesso financeiro se dá em termos de uma administração pautada em princípios que devem ser colocados em prática, independentemente da quantidade de dinheiro que conseguimos ganhar. Por exemplo, se uma pessoa tem muito dinheiro mas se esquece dos outros e olha só para suas necessidades e desejos, ela não está sendo financeiramente bem sucedida por que está relegando um princípio fundamental da administração do dinheiro, que é a generosidade. Lembro-me de que Jesus chamou de insensato uma pessoa assim (leia o relato de Lucas sobre o caso – Lucas 12.13-21). Houve, no entanto, uma viúva pobre que exerceu a generosidade mesmo possuindo muito pouco (Leia Lucas 21.1-4). O que isto que dizer? Significa que o sucesso financeiro ocorre quando estamos exercendo os princípios norteadores da boa gestão do dinheiro tais como trabalhar com excelência, poupar e investir, ser generoso, ser cauteloso no endividamento, gastar com sabedoria, entre outros. Eu acho que está é a boa notícia, a de que, independentemente do quanto ganhamos, podemos ser pessoas financeiramente bem sucedidas se colocarmos em prática estes princípios e estivermos focados em realizar o plano que nos foi proposto. Ou seja, a quantidade de posses é importante na equação do sucesso financeiro, mas há outras variáveis que necessitam ser igualmente desvendadas.
Sucesso!

Crédito – Amigo ou inimigo?


Estamos expostos a uma enxurrada de crédito. Há inúmeros comerciais oferecendo dinheiro. Somos parados na rua, em frente às lojas das financeiras; o crédito consignado é uma realidade; celebridades da televisão, cinema e esportes nos convidam a pegar dinheiro fácil e, em praticamente todas as lojas a opção mais comum é esticar o pagamento para as chamadas “suaves prestações mensais”.

Herança dos Pais?
Ainda outro dia eu estava em uma empresa, antes de iniciar uma palestra e o diretor comentou que havia ouvido em um programa de rádio o quanto as pessoas, mesmo aquelas com alto grau de instrução são suscetíveis ao consumo exagerado, o que acaba gerando desequilíbrio financeiro pessoal ou familiar. Bem, por experiência posso dizer que isso é verdadeiro. E isto porque, mesmo pessoas com bom grau de instrução, em geral, não foram educadas para lidar com o dinheiro. Como já falamos repetidas vezes, educação financeira não faz parte dos currículos escolares. Conseqüentemente restaria contar com a orientação dos pais. Mas infelizmente, os pais em geral, como também não foram educados para administrar o dinheiro, acabam, cedo, transferindo aos filhos esta falta de educação e problema vai se arrastando geração após geração num círculo vicioso, quase sem fim. Mimamos nossos filhos com coisas que eles não necessitam e não ensinamos os princípios básicos para o progresso financeiro, tais como poupar, investir, gastar com sabedoria e dar com generosidade.

Crédito em abundância
Lembro-me muito bem quando ainda era funcionário e estava me preparando para montar meu próprio negócio. Participei de um seminário para empreendedores e lá ouvi um relato interessante a respeito da história dos empreendedores. No início, pensava-se que o problema crucial para os empreendedores era crédito. Então abriu-se linhas de crédito para abastecer as empresas. O resultado foi pífio. Hoje, da mesma forma, verificamos que, se problema das pessoas pudesse ser resolvido com crédito, todos estariam muito bem, pois não falta crédito, como já falamos anteriormente. Infelizmente, o resultado prático do crédito em abundância é justamente o contrário do desejável, pois as pessoas e famílias continuam endividadas, pagando juros altíssimos e vendo os relacionamentos irem por água abaixo. O governo, que deveria agir com sabedoria, é levado pela mesma armadilha. Viabilizou o chamado crédito consignado e o nível de endividamento das pessoas só aumentou. O que adianta crédito sem educação? Não adianta termos dinheiro se não sabemos como administrá-lo corretamente, ou, como diria o rei Salomão: “Dinheiro na mão de um homem sem juízo não vale nada, porque ele não é capaz de usar a riqueza para conseguir o que é importante, a sabedoria.”

Ganhando ou pagando juros?
Estamos proibidos de usar o crédito? Creio que não. Nem mesmo a Bíblia faz esta proibição. Estamos em tempo de novas sete maravilhas do mundo. Isto me lembra que o Barão de Rotschild, ao ser perguntado se conhecia as sete maravilhas do mundo antigo, teria respondido: Não, mas conheço a oitava: os juros acumulados. A questão é: estamos usando esses juros a nosso favor ou contra nós? Quando conseguimos separar dinheiro e investir, ganhamos juros. Isso é bom, nos fazer progredir financeiramente. É o que deveríamos fazer sempre, durante toda a nossa vida e ensinarmos nossos filhos a fazer o mesmo. Mas, em geral, quando compramos a prazo, pagamos juros, e assim empobrecemos. Não é sem razão que os bancos e emprestadores de dinheiro estão sempre batendo recordes de lucros enquanto as pessoas e famílias se afundam cada vez mais no endividamento. Não estamos fazendo nosso dever de casa. Você pode até usar o crédito disponível no mercado dentro de certos limites com bastante equilíbrio. Mas se quiser minha opinião pessoal, gostaria de estimular você a ganhar juros ao invés de pagar juros. Isto é possível e o ajudará a estar mais próximo do equilíbrio e sucesso financeiro.
Sucesso!

Atitude

Atitude - Seu maior capital

Às vezes fico me perguntando porque, apesar de termos tantas pessoas desempregadas e muitas atrás de um emprego, ainda sou tão mal tratado ao ser atendido nas lojas e nos atendimentos dos call center da vida por aí afora. Por que pessoas até com uma boa formação escolar e acadêmica não conseguem resolver problemas relativamente simples. Ainda outro dia, ao ser atendido num desses serviços de call center, e após várias tentativas mal sucedidas, tive que ameaçar cancelar o serviço para só então falar com alguém que rapidamente solucionou meu problema. Mas felizmente há também o inverso da moeda, o que me impressiona positivamente. Poucas pessoas que fazem o máximo para atender bem e resolver nossos problemas da melhor maneira possível.

Formação escolar
Fui bom aluno em minha carreira escolar. Acho que meu perfil me ajudou a adaptar-me ao esquema tradicional de ensino. Hoje, no entanto, tenho dificuldades com o ensino clássico. Primeiro porque acho que o conteúdo precisa ser melhorado. Estudamos muitas coisas completamente apartadas da realidade da vida, e outras que poderiam ser inseridas no conteúdo dos programas escolares (educação financeira, por exemplo), ficam longe de serem contempladas. O método de ensino então é mortal. Dezenas de alunos ouvindo um professor nem sempre disposto a dar o melhor de si. Mas o ponto a que quero chegar é o de que, mesmo uma boa formação escolar e acadêmica poderão adiantar pouco se não tivermos uma atitude correta em relação à vida e ao trabalho. Ou seja, na prática, você pode encontrar pessoas com boa escolaridade, mas sem atitude e vice versa.

Por que atitude é essencial?
Imagine uma pessoa com uma formação escolar limitada, mas com atitude. Mesmo com suas deficiências, ela se dispõe a aprender a como melhor atender o cliente, a buscar soluções alternativas para problemas aparentemente difíceis a até mesmo a complementar sua formação escolar e acadêmica. O que quero dizer é que, uma pessoa com atitude não se prende aos problemas, mas encontra maneiras de solucioná-los.

Parábola dos talentos: Um exemplo prático
Na chamada parábola dos talentos temos um exemplo bem prático de como as coisas funcionam no mundo real: Um senhor deu quantidades diferentes de dinheiro a seus servos e se ausentou por um certo período de tempo. Ao retornar, exigiu a prestação de contas de cada um. Pois bem, a história diz que os que tinham ganho cinco e dois talentos (dinheiro da época) conseguiram dobrar o capital e por isso receberam o elogio do Senhor. Mas o que tinha recebido um talento não teve atitude. Não fez o dinheiro render e nem sequer colocou no banco que obter pelo menos os juros da aplicação. A falta de atitude lhe rendeu uma repreensão severa do seu senhor: ‘Mau e negligente servo’. E qual é a conseqüência prática da falta de atitude aqui? O servo infiel foi retirado de sua posição, pois como diz o senhor: ‘a quem tem, mais será dado. Mas, a quem não tem, até o que tem lhe será tirado’ e o senhor conclui: ‘lancem fora o servo inútil”. (Registrado no livro de Mateus 25.14-28).

Trabalho x Emprego
Estamos vivendo uma nova era nas relações de trabalho. Nesta era, o emprego tende a ficar cada vez mais escasso. Neste novo contexto, pais e filhos estarão diante da realidade de que, apenas a formação escolar e acadêmica não será suficiente para os desafios da pós modernidade. É necessário uma atitude proativa, de se buscar trabalho fora das fronteiras do emprego. Necessitamos de pessoas cada vez mais empreendedoras, que façam diferença onde quer que estejam, e para isso uma qualidade será essencial para estes novos tempos: atitude.

Relacionamentos

Relacionamentos - Investimento para toda a vida

Durante um bom tempo fui cliente de uma empresa que dizia dar muita importância aos relacionamentos a até usava isto em suas campanhas de marketing. No entanto, quando eu realmente necessitei resolver problemas, logo percebi que o discurso nem sempre batia com a realidade dos fatos. A palavra ‘relacionamentos’ anda muito em voga ultimamente, mas, por vezes me pergunto o que verdadeiramente move as pessoas e organizações: um relacionamento íntegro ou dinheiro que possuímos?

Impactando através dos relacionamentos
Acredito que, devido à minha formação cristã, cedo compreendi que cada ação empreendedora deve focalizar prioritariamente as pessoas e não o dinheiro delas. Evidentemente, o ganho financeiro será uma conseqüência natural do nosso trabalho, seja qual for o ramo de negócios em que atuamos. Quando dou uma palestra ou seminário, estou convicto de que uma palavra ou pensamento compartilhado com os ouvintes pode ser o pontapé inicial para uma nova visão de como gerenciar o dinheiro ou de como viver a própria vida. Verifico, e algumas estatísticas confirmam que, mesmo pessoas que ganham bem, podem ter vidas sem significado se não sentem que seu trabalho tem um impacto efetivo na vida de outras pessoas ou se ainda não se convenceram de que este impacto é o melhor que elas poderiam ganhar como fruto do seu trabalho, e isto sem tirar a importância da remuneração que estas pessoas ganham.

Profissão: Perigo
Eu acredito que cada pessoa veio para este mundo para cumprir uma missão específica dada por Deus que, não poderá ser realizada por nenhuma outra pessoa. Neste sentido somos únicos, pois nossa marca é distinta na sociedade em que vivemos. Quando alguém, por exemplo, escolhe uma profissão ou abre um negócio baseado apenas na melhor rentabilidade possível, está correndo um grande risco. A sociedade notabilizou algumas profissões e excluiu outras da agenda de sucesso. No entanto, necessitamos de profissionais de todas as áreas, inclusive daquelas que consideramos de antemão como carreiras fadadas ao insucesso. Pessoalmente, acredito que, até mesmo nestas profissões menos valorizadas é possível ter retorno financeiro substancial, quando se procura fazer a diferença.

Dinheiro e relacionamentos
Uma vez li um artigo do Stephen Kanitz onde ele contava a história de um empresário ‘bem sucedido’ que se derramou em lágrimas na véspera do casamento de sua filha ao perceber naquele momento que ele sequer a conhecia, e ela já estava saindo de casa para ter o seu próprio lar. Hoje, a ausência dos pais é fator determinante para muitos males desta sociedade. Por isso devemos equilibrar os esforços de ganho financeiro com aqueles destinados a manter um relacionamento saudável e construtivo com nossa família e amigos. É fato notório que um gerenciamento inadequado do dinheiro causa tensões nos relacionamentos familiar e profissional.

Deus - relacionamento prioritário
Tenho certeza de que a maior herança que meus pais me deram foi a de entender que existe um Deus, criador de todas as coisas e que tem um desejo genuíno de se relacionar comigo, até porque Ele não tem interesse algum de retorno financeiro como fruto deste relacionamento. Por isso, desde que iniciei minha carreira como educador financeiro, o que norteia o meu trabalho é levar às pessoas a perspectiva de que, paralelamente à uma vida financeira bem sucedida, elas possam estabelecer um relacionamento prazeroso com Deus e com as outras pessoas que as cercam. Para mim, o sucesso financeiro esta diretamente ligado ao sucesso nos relacionamentos

Uma nova geração


Uma das melhores experiências que tenho tido ultimamente é a de ensinar minhas duas filhas a lidar com o dinheiro. ‘Pai, vamos ver o orçamento’, é uma expressão comum aqui em casa. E elas têm apenas 7 e 10 anos. Quantos pais têm este privilégio? A semanada tornou-se um instrumento de uso natural para o aprendizado de como tratar as finanças das pequenas.

Finanças não aprende na escola
Infelizmente, não é na escola que se aprende a lidar com o dinheiro. Digo isto com uma certa tristeza. Depois de ter passado anos de formação escolar, percebo o quanto os currículos escolares estão distanciados da vida real. Para mim, isto é simplesmente desastroso. Aprendemos tantas coisas supérfluas e até agora não conseguimos incluir educação financeira nas grades curriculares. Aliado a isto, os métodos ainda são ultrapassados. Um professor falando de coisas que não interessam e que pouco tem a ver com a vida real. Não é de admirar que muitos alunos não se sintam estimulados a ir à escola. O resultado se repete. Profissionais sem nenhum treinamento para lidar com o dinheiro vão repetir as muitas vezes amargas experiências de seus pais. Trabalhar intensamente para pagar as dívidas, num circulo vicioso, mas que necessita ser quebrado urgentemente!

Começando já!
Bom, existem diversas formas de se ensinar as crianças a administrar o dinheiro. Particularmente eu acho que a melhor delas é passar às mãos delas uma certa quantia em dinheiro, dar orientações, estabelecer metas e disciplina e verificar o resultado. Você pode iniciar dando uma ‘semanada’, uma quantia semanal para que elas administrem. Alguns pais dão dinheiro sem orçamento. Eu não recomendo. Você até poderia fazer isso durante uma ou duas semanas, só para ver o que acontece, mas em seguida, deverá incluir um orçamento com pelo menos três áreas que considero fundamentais, pois irão valer para toda a vida: doações, poupança e gastos. Se você as ensinar desta forma, não necessitará incluir no futuro um outro item muito comum no orçamento dos adultos: ‘Dívidas’.

Da teoria para a prática
Imagine que seu filho ganha uma semanada de R$ 10,00 (dez reais). Então você poderia montar com ele o seguinte orçamento:

Descrição
Valor (R$)
Percentual
Renda
10,00
100%
Doações
1,00
10%
Poupança
3,00
30%
Gastos
6,00
60%

Dicas
Doações: Experimente guardar durante um certo tempo e dar um presente para uma criança pobre. Pode parecer pouco, mas o importante é estabelecer princípios que, ao longo do tempo que servirão para toda a vida. Este dinheiro também pode ajudar uma ONG ou a igreja que a criança freqüenta.

Poupança: Pergunte ao seu filho o que ele gostaria de comprar com este dinheiro. Isto vai ajudá-lo a ter mais clareza do que ele quer atingir. As crianças necessitam de coisas mais palpáveis, como um brinquedo, livro ou CD, por exemplo.

Gastos: Experimente incluir nos gastos o lanche da escola e mais uma quantia que ele possa gastar livremente.

Disciplina: Todo o fim de semana, tire alguns minutos com seu filho para fazer os lançamentos necessários e atualizar o orçamento.
Sucesso!

Gastos – Como conviver com eles?



Ao longo do tempo tenho notado o quanto os gastos atrapalham o progresso financeiro das pessoas e famílias. Parece que somos “movidos a gastos”. Também percebi que, à medida que minhas filhas foram crescendo, uma palavra mágica logo se configurou na área do dinheiro: “comprar”. Ou seja, os gastos são realmente uma preocupação para quase todos e precisamos aprender a lidar bem com eles.

Colocando os gastos em seu devido lugar
Normalmente divido um orçamento em cinco partes distintas: Renda, Doações, Economias, Dívidas e Gastos. Não sei se isto é academicamente correto. Mas para mim é prático e torna viável a realização de cada uma dessas áreas na vida das pessoas. Eu digo isto porque, por experiência, sei só conseguimos doar e investir se o fizermos antes de começar a gastar. Se você ainda costuma usar o malfadado raciocínio do tipo “o que sobrar vou doar o investir”, pode ter certeza que dificilmente conseguirá fazê-lo, pois, na prática, não vai sobrar, e isto porque os gastos foram priorizados. Portanto, o primeiro passo para controlar os gastos é colocá-los em último lugar dentro do seu orçamento.

1. Renda
2. Doações
3. Economias
4. Dívidas
5. Gastos

Limitando os gastos
Todos sabemos o quanto somos bombardeados diariamente com solicitações de compras. Os vendedores são muitos bem treinados para venderem até “picolé no Alasca”. Por isso precisamos criar uma resistência sadia a estes apelos que vêm de todos os lados. Mas a melhor maneira que conheço de estabelecer limites para os gastos é listar aquilo que é verdadeiramente importante em uma planilha de orçamento equilibrada. Alguns itens são bem fáceis, tais como o aluguel ou a prestação do imóvel. Os mais problemáticos costumam ser a conta de supermercado, a de vestuário e a de ‘diversos’, que normalmente aniquilam os orçamentos. Portanto você deve ter uma atenção especial com estes itens. Faça uma acompanhamento pelo menos semanal para não deixar que estes itens ‘estourem’. Dependendo do seu estilo de vida, outros itens, tais como alimentação e presentes também podem ser uma pedra no sapato.

Devo parcelar os gastos?
Sabemos que o parcelamento de compras é muito comum, o que infelizmente tem causado o empobrecimento das pessoas. Como adultos, o que precisamos entender é justamente aquilo que dizemos para nossos filhos, mas que nem sempre nós mesmos entendemos: ‘dinheiro não nasce em árvores’, dizemos a eles, ou seja, ‘dinheiro não nasce em cartões de crédito’ nem em seus simililares, deveríamos dizer para nós mesmos. Portanto, a opção de compra à vista com desconto deve sempre ser a prioridade. Caso você não consiga desconto, eventualmente você poderia parcelar esta compra, desde que não haja a cobrança de juros adicionais. Mas lembre-se, mesmo nestes casos, o ideal é que você já tenha a quantia total da compra e invista a diferença para obter juros ao longo do tempo do parcelamento.

Passo a passo
Tão logo receba o pagamento, separe as doações e economias.
Liste os gastos e estabeleça os limites para cada item (moradia, supermercado, vestuário, diversos, etc.)
Acompanhe diária ou semanalmente para não estourar o limite orçado.
Ao final do mês, comemore as metas alcançadas.
Sucesso!


Como economizar?

  • Mapeie para onde está indo o seu dinheiro utilizando uma planilha de orçamento;
  • Estabeleça objetivos e os siga. Nunca se perca dos seus sonhos;
  • Faça uma lista de prioridades de consumo e estipule o valor que você pode gastar em cada uma delas;
  • Saiba separar suas necessidades de seus desejos. Seja honesto com você;
  • Observe seus hábitos e de sua família para identificar onde podem economizar. Economizar em grupo é sempre mais fácil;
  • Algum membro da família deverá assumir a liderança para coordenar os planos, alocar as responsabilidades e cobrar os resultados;
  • Compare seus gastos com a média da população. É possível achar esse dado na Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, por despesa e região;
  • Opte sempre por pagamentos à vista. Portanto, se não tiver o valor total do bem, poupe antes de comprar;
  • Acabe com as compras feitas por impulso. Para isso, pense duas vezes antes de comprar algo. Você quer aquela coisa, ou realmente precisa?;
  • Espere as liquidações para comprar roupas, quando necessário;
  • Faça lista de supermercado e restrinja-se a ela;
  • Evite o desperdício de alimentos;
  • Seja econômico, controle os gastos com celular, luz, água, energia elétrica, etc;
  • Tire os eletrônicos da tomada quando não estiverem em uso;
  • Reduza a quantidade de cartões de crédito, carregue-os com você somente quando necessário.
  • Além de todas essas medidas, é importante você observar e reavaliar seus costumes e comportamento. Analise quantas vezes por mês você sai para jantar ou almoçar fora, no supermercado, tente experimentar marcas mais baratas, e se tiver TV a cabo, tente negociar com sua operadora um pacote mais barato, pelo menos até você reestruturar suas finanças.

Investimento - Planejando seu sucesso financeiro


No artigo “Três Passos para o Sucesso Financeiro”, falei sobre a importância dos princípios corretos da administração do dinheiro, bem como das metas e da disciplina necessária para alcançá-las.
Agora eu quero conversar um pouco com você sobre o como é fundamental investir. No fundo, eu acho que todo uso do dinheiro é uma espécie de investimento. Mesmo quando estamos fazendo gastos (até mesmo supérfluos) obtemos algum tipo de retorno do uso do dinheiro, embora este retorno nem sempre contemple as nossas expectativas, pois você sabe, tanto quanto eu que, até com certa facilidade, nos arrependemos, tão logo chegamos em casa, das compras que acabamos de fazer no shopping, supermercado, etc.

Sobrar para investir?
Nos seminários que coordeno, percebo que algumas pessoas ficam surpresas ao perceberem que, na planilha de orçamento, o item investimento vem logo no início, junto das doações. Eu acho que isto acontece porque, como em geral as pessoas e famílias estão endividadas e em aperto financeiro, é de se esperar que este item esteja no final da planilha, ou seja, como às vezes costumo ouvir ou ler, começamos a fazer investimentos quando “sobrar” algum dinheiro. Embora eu reconheça que se alguém está pagando juros de 10% ao mês no cheque “especial” ou no cartão de “crédito” dificilmente conseguirá separar algum dinheiro para investimentos, também entendo que, se colocarmos os investimentos para último lugar na ordem de prioridades, eles dificilmente se realizarão.

Investir em que?
Outro problema grave que nos impede que separemos dinheiro hoje para gastar só amanhã é que não sabemos discernir claramente o que vamos fazer com este dinheiro. Pensamos em muitas coisas, mas na verdade tudo fica muito nublado em nossas cabeças, e esta falta de clareza sobre os alvos que queremos atingir nos engessa para tomarmos decisões de investimentos.
Quando minha filha de 9 anos começou a receber uma semanada, estabelecemos um orçamento simplificado contemplando três áreas: doações, poupança e gastos. Perguntei a ela o que ela gostaria de comprar no futuro com o dinheiro da poupança. Ela pensou e disse: o tênis da Floribela pai. Por ter clareza de onde ela queria chegar, percebi que, ao longo das semanas, ela não apenas foi aplicada em poupar (até porque já estava estabelecido no orçamento), mas até mesmo deixou de gastar uma parte do dinheiro para gastos, só porque queria atingir mais rapidamente seu objetivo futuro. Portanto, a clareza do que se atingir com os investimentos é fundamental para o sucesso do plano.

Da teoria para a prática
Nossos seminários são os mais vivenciais possíveis. O que significa isso? Queremos que você aprenda fazendo, não apenas ouvindo. Por isso vou sugerir o seguinte exercício: Suponhamos que você deseja trocar seu carro daqui a dois anos. Para tanto vai necessitar da quantia de R$ 4.800,00. Isto daria um valor mensal de R$ 200,00.
Muito bem, a partir deste mês comece a separar esta quantia mensal e coloque em algum tipo de aplicação financeira (poupança, fundos, tesouro direto, etc.). Não deixe o dinheiro na conta corrente, pois se o fizer, será bombardeado de tentações para fazer gastos que fatalmente inviabilizarão seu sonho de troca do carro.
Agora que já estabeleceu a meta (se não for esta a sua meta, troque-a por outra e adeqüe os prazos e valores), faça aquilo que chamo de débito automático para investimentos, ou seja, combine com seu gerente que na data em que você receber seu salário (ou prolabore ou outros tipos de renda), será realizado um débito automático no valor de R$ 200,00 para a aplicação escolhida (procure a de melhor retorno possível). Mês a mês acompanhe o andamento da aplicação e vá percebendo que está cada vez mais próxima da meta a ser alcançada.
Comece com este pequeno exemplo e vá adiante. Tenha disciplina, Ao longo do tempo você vai perceber que é possível ficar fora do sistema de endividamento que caracteriza nossa sociedade. Siga adiante. Eu aposto no seu sucesso!

Por que não sou rico?



Eu acho que, pelo menos uma vez em nossas vidas, já devemos ter pensado sobre a possibilidade de sermos pessoas ricas. Isto normalmente acontece porque as pessoas, em geral, pensam que a riqueza material poderia ser a solução, se não para todos, pelo menos para a maioria dos problemas que normalmente enfrentamos na vida. Responder a esta pergunta não é nada fácil, mas creio que podemos lançar algumas reflexões bem apropriadas para desvendar alguns aspectos deste intrigante questionamento.

Uma via de mão dupla
Se analisarmos sobre o ponto de vista bíblico, e isto é o que sempre nos propomos a fazer, a questão de riqueza tem o aspecto de uma via de mão dupla. O que isto significa? Significa que há pelo menos duas pessoas agindo simultaneamente nesta equação. Deus e você. E aí necessitamos saber qual papel cada um desempenha com relação às finanças.

Papéis de Deus
Segundo a Bíblia, Deus criou todas as coisas. (Gn 1.1). Mas ele criou o dinheiro também? Não. O homem criou o dinheiro. No entanto, hoje o dinheiro representa as posses materiais, que têm origem na criação de Deus (por exemplo, o carro não foi criado por Deus, mas os materiais empregados na sua fabricação, sim). Deus também sustenta a criação (Fl 4.19) e por fim, Ele tem um propósito para a vida de cada pessoa que criou. (Lembra-se dos sonhos de José, filho de Jacó? Se não, dê uma rápida olhada em Gn 37 e seguintes)
Bom, eu penso que é justamente na questão do propósito de Deus para cada pessoa que parte da equação da riqueza pode ser respondida. Será que você pode imaginar Madre Tereza de Calcutá como sendo uma rica empresária, atuando no ramo imobiliário? Parece no mínimo estranho, não? Ou quem sabe, Antônio Ermírio como assistente social, atuando nas favelas da cidade de São Paulo? Será que ele se encaixaria nesse perfil? Será então que Deus já definiu quem serão os ricos e os pobres e nada restou para o homem fazer? (Este não um estudo formal sobre soberania de Deus x livre arbítrio do homem!)

Papel do homem
Uma outra parte desta equação diz respeito ao que nós, como pessoas, devemos fazer. A Bíblia declara que somos administradores da criação. (Gn 1.26b). De uma forma prática, isto significa que temos de administrar bem o nosso salário (para os mais abastados, podemos acrescentar à lista juros das aplicações e investimentos, dividendos, etc.). Cada um de nós tem habilidades diferentes em relação ao dinheiro. Alguns conseguem ganhar muito, mas são inseguros na administração, por isso perdem tudo mais cedo ou mais tarde. Outros administram bem, mas ganham relativamente pouco para se candidatar a serem os “novos ricos”. Ou seja, assim como cada pessoa tem habilidades distintas (uns cantam divinamente enquanto outros só no banheiro), nossas habilidades com o dinheiro também diferem de uma pessoa para outra. Logo, minha conclusão está ligada, em maior ou menor escala às variáveis: Plano de Deus e capacidade de administração.

O que fazer com o dinheiro?
Eu não quero simplificar esta equação, que é bem mais complexa. Mas quero lembrar ao leitor que, mesmo pessoas com limitadas capacidades naturais para lidar com o dinheiro, podem chegar a ultrapassar outras mais naturalmente aquinhoadas se se dispuserem a aplicar os princípios corretos de administração do dinheiro, estabelecendo metas e imprimindo a disciplina necessária. (Imagine, por exemplo, se Mozart, apesar de todo o seu potencial natural, nunca tivesse aprendido música!) Logo, você não deve ficar escondido atrás de sua aparente inabilidade para lidar com dinheiro. A administração financeira é dinâmica. Isto significa que desenvolvemos nossa capacidade de gerir o dinheiro ao longo da vida. Uma criança, por exemplo, tem uma capacidade limitada para tomar decisões em relação ao dinheiro, mas, à medida que vai crescendo e se educando financeiramente, sua atitudes podem torná-la uma pessoa rica.

Riqueza, um fim em si mesmo?
Eu quero concluir esta reflexão dizendo que a riqueza material não deve ser um propósito por si mesma. Vamos lembrar de José, um administrador por excelência que, ao longo dos sete anos da fartura do Egito, gerou uma riqueza suficiente para beneficiar as pessoas durante os seguintes sete anos de extrema fome (Leia Gn 41.47-49). Embora para a sociedade em que vivemos, riqueza tenha o significado de “privilégios”, para Deus, ela significa essencialmente “responsabilidades”, das quais certamente teremos que prestar contas. (Leia a parábola dos talentos em Mt 25.14-28)

Três passos para o sucesso financeiro



Quero compartilhar com você três passos que considero essenciais para o sucesso na administração do dinheiro. Na verdade, estes passos são aplicáveis para outras áreas da vida, mas são extremamente importantes quando o assunto é finanças.

1º Passo - Princípios
O primeiro ponto é: quais princípios eu devo colocar em prática na administração do dinheiro. Aqui, no Finanças para a Vida escolhemos aqueles provenientes da Bíblia. E por que fizemos isso? Bom, veja o que a Bíblia diz sobre as pessoas que colocam em prática esses princípios: “Tenho mais discernimento que todos os meus mestres, pois medito nos teus testemunhos. Tenho mais entendimento que os anciãos, pois obedeço aos teus preceitos.” (Sl 119.99-100). Então, não é por outra razão que escolhemos apresentar os princípios bíblicos de administração do dinheiro. Estamos convictos de que a prática dessas diretrizes vai levar você ao sucesso financeiro, embora o conceito bíblico de sucesso não seja aquele que normalmente nos é apresentado. Por exemplo, quando se trata de administração financeira, o sucesso não está ligado apenas ao acúmulo de dinheiro, mas essencialmente ao que você faz com ele.


2º Passo - Alvos
Sem alvos claros, dificilmente conseguimos chegar a algum lugar ou posição. Os atletas, por exemplo, necessitam estabelecer metas para de habilitarem a participar das competições oficiais como também para quebrar os recordes existentes.
Na área do dinheiro não é diferente. Em minhas palestras e seminários, quase sempre costumo usar o exemplo do economizar. A grande maioria, senão a totalidade das pessoas concordam com os benefícios de se guardar algum dinheiro, mas no final a pergunta é: quantas efetivamente estão economizando? Poucos. E creio que a razão principal é que as pessoas não possuem metas de economia.
Na Bíblia temos o exemplo de José, que estabeleceu como meta economizar 20% de toda a produção agrícola do Egito durante os sete anos de fartura. Esta clareza de objetivo o ajudou a colocar em prática um princípio fundamental de administração financeira. Leia o que Paulo sobre isso: “...mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo.” (Fl 3:13-14). Portanto afirmo: sem metas, os princípios não se realizam.

3º Passo - Disciplina
Vamos voltar ao exemplo de José. Após estabelecer a meta de economia, ele teve a disciplina para alcançar a alvo. E o resultado foi o seguinte: “Assim José estocou muito trigo, como a areia do mar. Tal era a quantidade que ele parou de anotar, porque ia além de toda medida.” (Gênesis 41.49). Ou seja, José manteve uma disciplina exemplar, atingiu a meta e beneficiou todo o mundo então conhecido.
Os atletas, ao estabelecerem suas metas, também imprimem disciplina adequada para alcançá-las. Vamos ler o que Paulo fala sobre isso: “Vocês não sabem que de todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio.” (1 Cor 9.24).

Resumindo
Conheça os princípios bíblicos, estabeleça os alvos para cada área da administração do dinheiro e exerça disciplina para alcançá-los. A receita é relativamente simples, mas requer determinação para que este processo seja bem sucedido. Desejo a você sucesso nesta caminhada!